Min. da Saúde - Alexandre Padilha |
A fatia baiana entre as 10 mil
vagas anunciadas pelo governo federal para o Programa Mais Médicos só será
delimitada a partir da quinta-feira (25), segundo o ministro da saúde Alexandre
Padilha, que esteve em Salvador para participar do ato de mobilização junto a
representantes de prefeituras, na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB).
Em entrevista ao programa Raio X, da Rádio 100, o titular da pasta
afirmou que o número exato de profissionais de saúde que devem atender a
periferias e ao interior do estado depende das cidades que quiserem aderir ao
programa até o fim do prazo. “Nossa meta é garantir médicos para a Bahia para
todos que precisarem de Saúde Básica. Além dos 264 municípios com alta falta de
médicos na Bahia, a periferia de Salvador e a Região Metropolitana também
sofrem com a escassez”, disse. De acordo com a assessoria do governo do Estado,
durante o evento, 100 municípios já manifestaram interesse de participar.
Padilha também adiantou que o governo já se prepara para responder ao pedido feito pelo Supremo Tribunal Federal de esclarecimentos sobre a
urgência da implantação do programa a partir de Medida Provisória, após pedido
do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). “Já começamos a fazer isso,
juntando a Advocacia-Geral da União e a Casa Civil. As solicitações demonstram
a urgência do programa. Nós já temos unidades de saúde prontas e equipadas, que
precisam apenas de médicos”, afirmou, em conversa com os jornalistas Evilásio
Júnior e Ricardo Bial. O ministro também considera que a barreira linguística
não é um “obstáculo” para a entrada de médicos estrangeiros no país. “Às vezes é
mais rápido treinar um médico a se comunicar do que esperar um médico se
formar. Se língua fosse obstáculo, não haveria Médicos Sem Froteiras”,
comparou.
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