segunda-feira, dezembro 12, 2011

PREFEITO MD FINALMENTE ENTREGA REFORMA DA PÇA. MANOEL AGOSTINHO DE SANTANA, QUE SE INICIOU HÁ DOIS ANOS ATRÁS.


Ver. Gean Vasconcelos
Pça. Manoel A. de Santana, reformada, uma reinvindicação do Ver. Gean Vasconcelos

Boxe da Pça. Manoel A. de Santana

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011, aniversário de 59 anos de Emancipação Política da nossa cidade de Itajuípe, a única obra inaugurada pelo Prefeito Marcos Dantas foi a Reforma da Pça. Manoel Agostinho de Santana, popularmente conhecido como “Jardim Badaró”, e lá estavam o Prefeito a sua Vice e seus escalões obedientes do governo, a banda de fanfarra do município desfilava garbosamente, o secretario de indústria e comercio que também é divulgador das ações do governo nos carros de som, foi o mestre de cerimônia, funcionários presentes, moradores e curiosos, o dia estava nublado e a chuva de certa forma foi generosa com o evento. O prefeito reconheceu que a obra “demorou um pouco”, estrategicamente não informou que a mesma já se arrasta há mais de um ano e meio. Alguns do staf do governo, aqueles que acreditam nas crendices populares, atribuem a demora na conclusão da obra, as “incrisilhas” causadas pela praga da PERERECA, desde que a mesma foi incrustrada na praça começaram os insucessíveis erros e desacertos, até que alguém, ou talvez um vândalo, a demoliu de forma reprovável.
O que mais chamou a atenção na entrega da reforma da obra da Praça, foi que no pronunciamento do Prefeito, ele de forma maldosa e atitude de quem não gosta de esclarecer os fatos, agradeceu e atribuiu erroneamente o Pedido de Providencia, que segundo o mesmo foi o edil Zé do Lactário, o que na verdade toda a cidade sabe e consta nas atas e arquivos da Câmara Municipal que o autor dos vários Pedidos de Providências, Requerimento e diversos Pronunciamentos na Tribuna da Câmara Municipal cobrando a execução e término da obra foi sem dúvida o Edil Gean Vasconcelos, e por que agora na inauguração da obra o Sr. Prefeito se furta, se omite a informar a comunidade local que foi o Edil Gean Vasconcelos quem solicitou por diversas vezes a execução e finalização da obra? A única ação do Edil Zé do Lactário em relação a obra, foi uma REITERAÇÃO que ele fez por escrito na Câmara em relação a um Requerimento do Edil Gean Vasconcelos, mas segundo fontes de informações do Legislativo, o Edil Zé do Lactário nunca se pronunciou na Tribuna da Câmara cobrando do Executivo o andamento da obra, isto é fato.
A praça está pronta, foi entregue ao bairro, o Edil Gean Vasconcelos que foi autor do Pedido de Providencia e Requerimento estava na praça com amigos e só foi convidado por que alguém do staf do Prefeito achou deselegante não convidá-lo e informou a Vice-Prefeita Graciela Dantas que o mesmo estava alí, aí foi que a mesma se dirigiu a presença do mesmo e o convidou a se juntar a comissão de inauguração, evitando desta forma um erro sem precedentes.

·                      PEDIDO DE PROVIDENCIA Nº 03/2009 – Solicita do Executivo, empenho no sentido de viabilizar a REFORMA DA PRAÇA Manoel Agostinho de Santana. Itajuípe, 10 de fevereiro de 2009.
·                        * PEDIDO DE PROVIDENCIA Nº 18/2009 – Solicita do Executivo, empenho no sentido de viabilizar a RESTAURAÇÃO DA PRAÇA Humberto Badaró, no Bairro José de Anchieta. Itajuípe, 03 de março de 2009.
·             * PEDIDO DE PROVIDENCIA Nº 44/2009 – Solicita do Executivo, empenho no sentido de viabilizar a RESTAURAÇÃO DAS PRAÇAS dos Distritos do Bandeira do Almada e União Queimada. Itajuípe, 20 de abril de 2009.
·            * REQUERIMENTO Nº20 – O Vereador que este Requerimento subscreve. Vem perante V. Excia. REQUERER que após tramitação regimental, que o Executivo Municipal, Sec. de Obras nos informe sobre o andamento das obras de recuperação da Pça. Manoel Agostinho de Santana, com a previsão de término e se a mesma está embargada pelo CREA. Itajuípe, 16 de agosto de 2011.

Acima, as provas inequívocas da afirmação que foi realmente o Edil Gean Vasconcelos o autor de verdade dos Pedidos de Providencias da REFORMA da Praça Manoel Agostinho de Santana.
VALEU VEREADOR GEAN!!! A POPULAÇÃO DO BAIRRO STA. RITA SABE RECONHECER QUE FOI VOCE DE FATO E DE DIREITO QUEM SOLICITOU A REFORMA DA PRAÇA MANOEL AGOSTINHO DE SANTANA.

59 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA - ADMINISTRATIVA


PIRANGY DOS TEMPOS IDOS
MEMÓRIAS DE UM TEMPO – PIRANGY

Ah! Como eu queria!... Visitar a minha terra, ver meu povo, minha infância vivida, relembrar minhas travessuras de crianças.
Comer o feijãozinho, tomar “uns gorós”, rever os antigos conhecidos dos meus pais e avós, afogar minhas saudades.
A Vila Malva, O Cajú, O Réu, As Cruzinhas, onde sempre me banhava.
O desfile das raparigas nas noitadas na rua do Cacau, vez por outra gracejadas por senhores de bem da sociedade.
Assistir às matinês, comendo pipoca “Lírio do Vale”, saboreando os amendoins torrados por “Seu Henrique”, sentado nas cadeiras do Cine Teatro Hage. Bons Tempos!
Que maravilha aos sábados! Ir à feira, na praça da feira com meu avô. Todo sábado se repetia o mesmo ritual: Comprar carne fresca para fazer bife, lombo e ensopado, no açougue do “Seu Mundinho”. Temperos verdes, verduras e farinha na feira livre; bananas, laranjas d´agua e tangerinas na barraca do “Seu Lauzinho”.
Aos domingos, acordar cedo, chegar na Igreja cedo para vestir os trajes de coroinha, para ajudar os Frades nas missas dominicais. Ainda me recordo do ambiente cheiroso de incenso, mirra e benjoim.
Era sagrado os babas no campinho da igreja, quando Frei Raul barrava, a turma ia jogar a pelada no campinho dos fundos da Escola de Comércio.
Existiam algumas datas que marcavam a nossa infância, era como se vivêssemos em fábulas de Monteiro Lobato. A gente sempre achava (na ocasião) que aqueles dias seriam eternos: Os parques com as festas da Pitangueira, incluindo as divertidas competições da figura folclórica de Júlio Marabá.
As famosas micaretas, sempre aconteciam de abril a maio, era uma coisa fenomenal, com desfiles exuberantes de lindos afoxés, blocos, escolas de samba. O desfile dos trios elétricos, Castro Alves, Iemanjá, etc.  O bloco “Eles e Elas” coordenado por D. Maria de Amaurílio, “Secos e Molhados” de Zequinha de Abdala, O Bloco de Flávio, a Escola de Samba – A Califórnia de “Seu Zelito”, Os Bailes de Micareta no Clube Bahia e na Quadra Municipal, as Bandas Brasas e Bispão comandavam as festas. A alegria era contagiante!
As festas juninas, tinham suas quadrilhas, arraiás, vitrolas tocando Luiz Gonzaga. Toda casa, por mais humilde que fosse, tinha sempre as iguarias da época: Canjica, milho cozido e assado, licor, arroz doce, pamonha, era sagrado – toda casa tinha uma fogueira. “Seu Junot” era uma figura interessante, tinha prazer em comprar bastante fogos diversificados, os mais caros ele exibia numa queima de fogos exuberante, os mais simples, ele sempre agraciava doando às crianças cujos pais não tinham condição de comprar. Era uma farra!
Quem se lembra da VOZ DA CIDADE? Comandada por Clóvis que tocava: Cascatinha e Inhana, Teixeirinha, Trio Irakitan e Valdir Azevedo.
Figuras folclóricas que a própria trajetória de suas vidas, ajudaram a escrever a história de um povo que por aqui passou.
Do cabo eleitoral mais polêmico – GALO CEGO
Da beata mais faladeira – NEMÚ PÃO
Do mendigo mais engraçado – TUMIDA
Do atleta mais resignado – MANO
Do locutor gago mais engraçado – BUCHAREL
Do exemplo em persistência em política – NERY RIBEIRO
Da mulher mais vaidosa – ARCANJA
Do médico mais devotado aos pacientes – DR. MONTIVAL
Das Previsões Astrológicas – MIRO DO RATO
Do maior goleiro de Futebol de Salão – NEGO DÃO
Do Poeta Cantador – ANDORINHA
Do crítico por natureza, – VALTER JACARÉ, sempre com suas tiradas, certa feita, no declínio das riquezas dos cacauicultores, Jacaré dizia: “É aqui tem gente que hoje come fato, e ainda quer arrotar presunto...” 
Do barbeiro devotado  -   ANICETO, que dizia para os seu fregueses: “Quer arco, tarco ou quer qui móe?...”                  
Da Parteira Itinerante  -  D. LAVÍNIA
Das Fobicas de              -  MAGALHÃES
Dos fogos juninos de  -  Seu DANTINHAS
Dos baticuns no terreiro de Zé Unide
Das estripulias de “Cuscuz” o jeque estimado de Pão Quente
Da voz inconfundível do seresteiro Zé Pinga
Dos Versos e Cordéis do artista do povo Andorinha
Do alvejante e diário traje de linho branco de Fernandinho Curió
Da elegância da vestimenta diária (terno e Chapéu Prado) do Sr. Arestides (Pai de Cabé)
Das figuras folclóricas de: “Mané Armuçado”, “Nininho Socó”, “Licurí” e “Nego Dão”.
Quem se recorda dos festejos natalinos? Quase toda casa tinha um presépio, uma réplica do nascimento numa manjedoura do menino Jesus. Era comum as famílias se encontrarem na MISSA DO GALO.
O Progresso alterou o rumo das coisas. Os valores mudaram e a juventude hoje prima por outros conceitos diametralmente opostos aos que nos ensinaram os nossos avós. Os antigos conceitos como: Respeito aos mais velhos, educação no trato com as pessoas, honrar os compromissos, ser bondoso, praticar a caridade, pedir a benção a seus pais, rezar, hoje, chamam isso de “Cafonice”. O sexo é visto como coisa banal, o povo se afastou de Deus. Hoje o mais importante é a corrida fustigante pela sobrevivência, a concorrência desleal do mundo capitalista. O progresso trouxe inovações tecnológicas, a televisão entra nos lares e corrompe as mentes das pessoas, ensinam às famílias como ser infiel, inescrupuloso, indecente, desonesto, mau caráter e corrupto. É uma escola das qualidades ruins do ser humano. O progresso trouxe ainda o computador, a Internet, a facilidade da aprendizagem escolar, o acesso fácil às faculdades, a liberação da sexualidade, os métodos contraceptivos, as comunidades de relacionamentos sociais, mas, em contrapartida, trouxe também a desvalorização da nossa cultura, o stress, a depressão, o isolamento das amizades presenciais, as pessoas raramente se tocam, hoje, mandam torpedos, e-mails, as baladas, a prostituição, o aumento indiscriminado do uso de drogas, a violência, a estruturação precária das famílias, a falta de respeito, o desamor entre os familiares, a ociosidade.
Ah! Quanta saudade do meu tempo de criança. Eis que, eu era feliz e não me dava conta desse tão sonhado fator -  A FELICIDADE ATRAVÉS DAS COISAS SIMPLES.
                                                              
                                                        Luiz Cláudio \ 09.12.2005