sábado, abril 05, 2014

Regulamentação do transporte complementar a um passo



Dep. Estadual (PT) - Bira Côroa
Os deputados estaduais Bira Corôa e Zé Neto, representantes da Agerba e o secretário Estadual da Comunicação, Robinson Almeida, estiveram no Ministério Público Estadual (MPE), em Salvador. O objetivo foi discutir sobre a regulamentação do Subsistema de Transporte Complementar Rodoviário, travada por causa de uma ação judicial movida pela Federação das Empresas de Transporte dos Estados da Bahia e Sergipe (Fetrabase).

Representando o Ministério Público, estiveram presentes as promotoras Rita Tourinho e Patrícia Medrado. Ao final dos debates, foi firmado o compromisso de que, até o dia 26, as entidades de transporte apresentarão as linhas que devem estar no processo licitatório e possíveis justificativas; e no dia 31, o Ministério Público, a Agerba, os deputados estaduais Bira Corôa e Zé Neto e representações das categorias por parte do transporte regular e complementar, deverão fechar uma proposta.

Além disso, o procedimento deverá culminar com um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que deverá ser assinado e assumido por todas as partes interessadas. Ele deverá ser um instrumento para nortear as ações e as possíveis licitações.

Para o deputado Bira Corôa, esta audiência foi uma das que mais avançou porque “se criou um mecanismo para destencionar o setor e para, de fato, realizar as licitações para regulamentações das linhas e concessões de uso, tanto por parte das empresas, como por parte do transporte complementar. Além de que abriu-se expectativas para incluir regiões que antes não estavam contempladas, a exemplo do extremo sul da Bahia e a região de Jequié.”, afirmou.
Refis
Outro resultado importante desta reunião, é que a Agerba elaborará uma proposta de um Programa de Recuperação Fiscal (Refis) com a finalidade de resolver a questão das multas tramitadas e julgadas, dando condições para que os usuários do sistema possam reativar e credenciar-se para as licitações e funcionamento. “Um outro grande avanço, tanto por parte dos empreendedores de transporte complementares, como também por parte dos empresários, já que as empresas estão sofrendo sanções”, explicou Bira Corôa.

Moralismo a serviço da imoralidade

Ciro Gomes

Na iminência do debate eleitoral, a canalhocracia se esforça para grudar em Dilma Rousseff a mancha da corrupção - por Ciro Gomes — publicado 05/04/2014 05:43


Certa feita, fui à sala do presidente da República comunicar que iria romper com ele e com seu partido. Denunciei, entre outras razões, a corrupção sistêmica instalada em seu governo. Na data era o Ministério dos Transportes. O responsável, um quadro do PMDB, claro. A resposta me frustrou muito, mas nunca esqueci. “Ciro, um dia você vai sentar nesta cadeira”, me disse, em tom acadêmico e apontando para a cadeira presidencial. “E aí vai ver que o presidente que não contemporizou com o patrimonialismo, caiu.”

Essa memória me voltou por esses dias com muita força a propósito do esforço que a picaretagem tupiniquim faz para imputar em Dilma Rousseff a tisna da corrupção. É, sem dúvida, a agitação moralista a serviço da genuína imoralidade. Ou, em termos mais populares, são os corruptos na tentativa de arrastar para o seu universo podre uma pessoa clara e insofismavelmente decente.

Quem me acompanha sabe que não sou o maior entusiasta do atual governo. O leitor mais atento conhece minha opinião sobre o grande despudor com que o condomínio PT-PMDB – sejamos justos, partes grandes dele – se entranha nas tetas públicas. Mas não é possível calar diante do despudor com que a canalhocracia assesta suas baterias contra Dilma Rousseff na iminência do debate eleitoral.

E a resposta dos governistas mais apressados apenas provará ao povo brasileiro, especialmente aos jovens, aquilo que o preconceito generalizado afirma para gozo dos plutocratas: não há vida limpa na política brasileira. Vamos investigar também, além da roubalheira na Petrobras, a roubalheira no metrô de São Paulo e a roubalheira no porto de Suape, em Pernambuco. Teríamos assim, das duas uma: ou todos os três grupos que se preparam para disputar a Presidência da República são igualmente sujos e corruptos, ou, o mais provável, “vamos deixar disso” e arquivar tudo. Em um caso e noutro, irresponsáveis, o que os senhores estão fazendo é enterrar a jovem democracia brasileira.

Essa absurda compra de uma refinaria sucateada nos Estados Unidos foi feita em 2006. Por que a mídia só trata desse assunto agora? Aqui mesmo, neste espaço, em outubro do ano passado, falei mal desse absurdo pela enésima vez sem que ninguém desse a menor bola. Por que agora? Explico. Dilma resolveu confrontar o centro da máfia congressual na Câmara dos Deputados, que eu conheço bastante bem e já denunciei mil vezes sem a menor repercussão.

Em Brasília vive-se em uma ilha da fantasia em que a ladroeira é segredo de polichinelo. Todo mundo sabe, por exemplo, como a Petrobras contrata empresas de prestação de serviços e a quem elas pertencem. E todo mundo sabia que Dilma Rousseff demitiu o grande “operador” petista Sergio Gabrielli e por quê. Todo mundo sabia que foi ele quem comprou a tal refinaria no Texas e que a minuta do “negócio” tinha sido levada ao Conselho de Administração sem as cláusulas aberrantes. Todo mundo sabia que em 2008 Dilma revelara toda sua indignação com o que se processara e, mesmo contra outra cláusula aberrante, levou o Conselho a vetar a compra da outra banda superfaturada, que, enfim, só se consumou por ordem da Justiça arbitral americana. Por que só agora o escândalo em horário nobre da (sempre ela) Globo? Por que não se esclarece com a ênfase devida que tudo aconteceu muito antes do governo Dilma?
Atenção, Eduardo Campos e Aécio Neves, saiam dessa armadilha. Ela comerá seus corações e fígados como comeu os de Fernando Henrique Cardoso e os de Lula.
Ou... chega de intermediários! Eduardo Cunha para presidente!
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/794/moralismo-a-servico-da-imoralidade-6682.html
 

Pesquisa: Dilma continua na frente e venceria no 1º turno

Pesquisa Datafolha sobre intenção de votos em outubro apontou que a presidenta Dilma Rousseff caiu seis pontos percentuais e tem agora 38% contra 44% da pesquisa realizada no final de fevereiro. Segundo a pesquisa, divulgada neste sábado (5), os principais adversários da presidenta não cresceram. Dilma seria reeleita no primeiro turno.
 

Aécio Neves (PSDB) manteve-se em 16% e Eduardo Campos (PSB) oscilou de 9% para 10%. Mesmo com a queda. Candidatos de partidos menores obtiveram 6%.

A pesquisa, feita entre 2 e 3 de abril, teve 2.637 entrevistas em 162 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

O Datafolha pesquisou cinco cenários. O único capaz de levar a disputa para o segundo turno seria a disputa com a ex-senadora Marina Silva (PSB), que somaria 27% das intenções de votos contra 39% de Dilma. A ex-ministra do Meio Ambiente subiu quatro pontos em relação a fevereiro. Aécio teria 16%.

Em caso de segundo turno, Dilma venceria Aécio (51% a 31%) e Campos (51% a 27%).

Dilma lidera contra Aécio e Campos no Nordeste com 54% das intenções de voto. No Sudeste, ela tem 29%.

Lula com melhor desempenho
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um desempenho melhor que Dilma na pesquisa. Lula venceria no primeiro turno com 52% contra 16% de Aécio e 11% de Campos. Por outro lado, os adversários vêm em alta e Lula em queda em relação a pesquisas anteriores. Lula também não precisaria de segundo turno com Marina Silva na disputa. Ele teria 48% das intenções de voto contra 23% de Marina e 14% de Aécio.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=239559