Presentes
em boa parte do país, ele é um super parceiro da mata atlântica, e um velho
conhecido nosso. Trata-se do periquito Jandaia, também chamado de Periquito rei
ou Jandaia estrela, cujo nome científico é Aratinga áurea.
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É uma das
espécies de aves que foram mais torturadas ao longo dos anos, e todos nós, em
algum momento de nossas vidas vimos um deles enjaulado ou amarrado por uma
cordinha. Mas com a ação dos órgãos ambientais e maior divulgação da proibição
de captura de animais silvestres, as agressões a essa bela ave têm diminuído.
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Ainda
assim, por dependerem das matas para se alimentarem, sua população tem
diminuído em função da supressão progressiva das florestas e agroflorestas em
regiões como o sul da Bahia. E se eles diminuem a floresta também perde força e
vigor, e nós, ficamos mais tristes e mais pobres.
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Esses
periquitos de alimentam de frutas, sementes e insetos, e atuam como grandes
reflorestadores da Mata Atlântica, e em seus grandes passeios fazem um forte
intercâmbio entre a mata a restinga e a floresta.
Na hora
do descanso preferem as árvores na borda da mata, e é por isso, que uma grande
confraria de Jandaias resolveu fazer da Pça. Manoel Agostinho de Santana
(conhecido por Jardim Badaró), no bairro Santa Rita de Cássia, em Itajuípe, um
dormitório.
De pares
em pares, reuniram-se num grande bando com cerca de 1.600 aves, como há muito
não se via, e adotaram uma amendoeira na mencionada praça, como o seu local de descanso
e pernoite. Chega a intrigar, porque haveriam de consolidar sua residência noturna
em uma praça movimentada, barulhenta e sob lâmpadas acesas.
Mas isto está acontecendo aqui em Itajuípe desde dezembro de 2011, em um verdadeiro espetáculo da liberdade. Todos os dias, a partir da 17:00h. eles começam a chegar em pares e pequenos bandos, de várias direções ao norte e sul da cidade. O grande encontro permite que observemos inúmeras acrobacias, como os mergulhos no ar em alta velocidade.
A grande reunião
gera uma algazarra danada, enquanto escolhem seus poleiros. No dia seguinte,
acordam cedo - umas cinco horas, mas só voltam para as matas, onde se alimentam
e se nidificam, entre 8:00 e 8:30 min., depois de secarem suas asas, limparem
os bicos, alguns fazem isso com areia, e realizam aquecimentos de vôo. O
ritual se repete todos os dias, e encanta os transeuntes.
(Texto
adaptado, POSTADO ORIGINALMENTE POR PAULO PAIVA – http://acordameupovo.blogspot.com.br)
NOTA DO BLOG: Ainda hoje (30/04)
prepostos da Prefeitura podaram exageradamente e sem necessidade justamente a
amendoeira da praça onde serve de pouso e abrigo para as jandaias. Uma agressão
a fauna e a flora. O CONMAM (Conselho do Meio Ambiente de Itajuípe) e o Ministério
Público Municipal tem que tomar providencias no sentido de multar e coibir o
município para que não venha a fazer mais
ações desastrosas como essas.
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