Bahia Noticias
por Samuel Celestino
Silveira foi o segundo a cair | Foto: Geraldo Magela Câmara dos Deputados
Está claro que o ex-ministro da Transparência, Fabiano
Silveira, foi o orientador do presidente do Senado, Renan Calheiros,
sobre seus problemas com a Lava Jato.
Calheiros já responde a diversos
processos no STF.
Em segundas-feiras sequenciadas, o ex-presidente da
Transpetro, Sérgio Machado, destronou o ex-ministro Romero Jucá, do
Planejamento, e agora derruba Silveira, criando uma situação confusa e
complicada para o presidente em exercício, Michel Temer, que mal começou
a comandar a República.
Os ministros políticos que colocou no seu
governo estão causando preocupações à sua gestão e a tendência é piorar.
Fabiano Silveira foi indicado por Renan e, ao mesmo tempo, por Jucá. Os
dois trabalhavam contra a Lava Jato que agora se fortalece. Se Temer
estava também imaginando favorecer os seus interlocutores políticos,
agora terá que dar uma meia-volta e fechar com a opinião pública de
maneira geral.
Não há alternativa. A Operação é o de maior importância e
deverá seguir em frente com a força que ganha em todos os segmentos da
população.
O presidente em exercício terá que acompanhar a realidade e
se voltar para a economia, setor que até aqui vai bem, com o trabalho
realizado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Fora daí a
política vai muito mal, com a Câmara e o Senado em descompasso. O
presidente da Câmara, Waldir Maranhão, é de total incompetência, mas o
do Senado, Calheiros, é ladino e com ele Temer mantém uma relação
presumivelmente boa. Esta é a razão de o presidente ter dado ênfase a um
ministério basicamente político, com indicações feitas pelos partidos.
Se o presidente em exercício não acompanhar o ritmo do Congresso que o
apóia, não terá como governar, como ficou estampado na vitória que
alcançou ao aprovar a sua meta fiscal com o apoio dos congressistas.
Fonte: bahianoticias
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